17 de setembro de 1955, Rio de Janeiro, RJ

Marina Correia Lima nasceu no Rio de Janeiro em 17 de setembro de 1955. Dos 5 aos 12 anos, viveu em Washington, Estados Unidos. Neste período, conheceu toda a efervescência do rock.
Nos anos 70, volta ao Brasil e, apesar da influência da música norte-americana, Marina se encanta com a sonoridade brasileira, principalmente com o tropicalismo. Gal Costa foi a primeira artista a gravar uma canção sua, Meu doce amor, em 1977, no disco Caras e bocas.

Com muito estilo, em 1979 chega as lojas Simples como fogo, o primeiro disco de Marina, lançado pela Warner. Os cabelos cacheados e a guitarra na contracapa do LP denunciavam: começava ali uma nova era de cantoras no Brasil. A ousadia começava na primeira música do disco: através de Solidão, de Dolores Duran, Marina gritava para o mundo a mesma dor-de-cotovelo tantas vezes já cantada, só que com um toque pessoal, e entrava pela porta da frente na MPB: a prova disso foi a sua participação no especial Mulher 80, da Rede Globo, ao lado de Gal, Elis, Bethânia, Rita Lee, Joanna, Fafá…

No ano seguinte, Marina troca a Warner pela Ariola e grava Olhos Felizes. O dueto com Caetano Veloso em Nosso estranho amor invade as rádios e vira seu primeiro sucesso. Em 81, surge Certos Acordes, e um novo sucesso: Charme do mundo, primeira canção da dupla dinâmica formada por Marina e seu irmão Antônio Cícero a ganhar mundo.

A explosão de Marina só aconteceria em 1984, ao lançar seu quinto LP, Fullgás. De autoria de Marina e seu irmão Cícero, a canção que dava nome ao disco ganhou as rádios, as TV’s, virou clip, tema de novela, etc. Todos queriam embarcar com Marina naquele mundo de Música, Letra e Dança. Em 1985, no embalo de Fullgás, Marina lança o LP Todas. Produzido por João Augusto, o disco chega a marca das 100.000 cópias vendidas. Algumas das canções gravadas por Marina naquele ano permanecem até hoje no inconsciente de muita gente: Eu te amo você, de Kiko Zambianchi, Nada por mim, de Herbert Vianna e Paula Toller, e Difícil, de Marina e Antônio Cícero estavam lá.

O sucesso do disco e da temporada do show Todas, no Canecão, RJ, ficaram registrados no vídeo Sexo é bom – Todas ao vivo, e LP Todas ao vivo, produzido por Marcia Alvarez. Lançado no final de 86, Todas ao vivo trazia, além das canções dos dois últimos discos, a releitura de Ainda é cedo, canção do repertório da Legião Urbana, e Pra Começar, tema de abertura da novela Roda de Fogo, da Rede Globo.

Em 87 Marina ganha com o LP Virgem o Prêmio Sharp de Música, nas categorias “melhor cantora pop-rock”, “melhor disco” e “melhor intérprete”, pela gravação de Preciso dizer que te amo, clássico de Cazuza, Dé Palmeira e Bebel Gilberto. No mesmo disco, produzido por Leo Gandelman, está o dueto de Marina e Renato Rocketh em Uma noite e ½, hino do verão 87/88. Isto sem falar na faixa-título, mais uma bela parceria da cantora com o irmão Antônio Cícero.

Dois anos depois é tempo de Próxima parada. Apesar de ser considerado pela cantora como “um disco de entre safra”, foi com ele que Marina abocanhou os prêmios de “melhor disco” e “melhor cantora”, no 3º Prêmio Sharp de Música. É neste disco que está À francesa, de Claudio Zoli e Antônio Cícero.

Em 1990, surge no Brasil a MTV, e o primeiro clip exibido na emissora é Garota de Ipanema, canção gravada por Marina em Próxima parada.

Marina em dois momentos: em 1982 e 1997
Marina em dois momentos: em 1982 e 1997

Chega a década de 90, tempo de muitas mudanças. Em 1991, Marina troca a Polygram pela EMI, acrescenta o sobrenome ao nome artístico e lança Marina Lima, um dos melhores álbuns de sua carreira. Produzido por Fábio Fonseca e Liminha, o CD trazia Não sei dançar, de Alvin L, além de Grávida, de Arnaldo Antunes, Criança e Acontecimentos. Dois anos depois, Marina grava O Chamado, onde exprime em música uma série de perdas e dores ocorridas. Destaque para a regravação de Pessoa, de Dalto e Claudio Rabello, e a faixa-título.

Em 1995, Marina lança Abrigo, onde pela primeira vez deixa de lado sua porção compositora e grava somente canções de outros intérpretes, como Rita Lee, Paulinho Moska e Tom Jobim. Durante a preparação da turnê, um problema nas cordas vocais acomete Marina, impossibilitando-a de cantar. Como a banda já estava pronta, o resultado do trabalho dos músicos ficou gravado em Registros à meia-voz. Neste álbum, Marina retoma a parceria com o irmão em À meia voz, e faz uma incontestável releitura de Paulinho da Viola em Para um amor no Recife.

A seguir, Marina fica reclusa por cerca de dois anos. Em 97 participa do Acústico MTV Titãs, declamando trechos de Cabeça Dinossauro, e só. No ano seguinte, retorna à Polygram e grava o CD Pierrot do Brasil, dando início a um namoro com a música eletrônica, presente nos trabalhos futuros. O disco contou com a participação do produtor iugoslavo Suba, morto em um incêndio logo em seguida. No mesmo ano, em novembro, a cantora deixa a timidez de lado e posa nas páginas centrais da revista Playboy, da Editora Abril, aos 43 anos.

Em 2000, após seis anos sem fazer shows, Marina volta aos palcos e grava o CD ao vivo Sissi na Sua. No final de 2001, chega às lojas Setembro, lançado pela Abril Music. No escuro foi o grande destaque do CD, produzido por Marina e Edu Martins. Em 2003, com o fechamento da Abril, Marina retorna à EMI e lança Acústico MTV, com participações de Fernanda Porto, Liminha, Alvin L e Martinho da Vila. Em 14 faixas, Marina revisita sua carreira e apresenta novas canções, como Sugar e A não ser você.

Em 2004, Marina assume o lugar deixado por Rita Lee no programa Saia Justa, do canal GNT e, junto com Fernanda Young, Marisa Orth e Mônica Waldwogel, conduz o programa até o fim do ano. Paralelamente, faz apresentações intimistas em São Paulo. No primeiro semestre de 2005, é lançada pela Universal a coleção Marina anos 80, com os discos lançados entre 1980 e 1989.

Em agosto de 2006, Marina Lima volta à cena musical com o CD Lá nos primórdios que, a exemplo de tantos outros artistas, é produzido de forma independente, lançado pelo seu selo, Fullgás, com distribuição da EMI. Neste disco, Marina apresenta uma nova safra de composições, como Anna Bella e Três, além de regravações de $ cara, Meus irmãos e Difícil, tema da novela Paraíso Tropical, da Rede Globo.

Em 2007, Marina Lima cai na estrada com a Topo Todas Tour, turnê onde revisita seus maiores sucessos. O nome do show foi escolhido pela cantora através de um concurso em seu site: www.marinalima.com.br.

Discografia:
“Simples como fogo” (Warner, 1979)
“Olhos felizes” (Ariola, 1980)
“Certos acordes” (Ariola, 1981)
“Desta vida desta arte” (Ariola, 1982)
“Fullgás” (Polygram, 1984)
“Todas” (Polygram, 1985)
“Todas ao vivo” (Polygram, 1986)
“Virgem” (Polygram, 1987)
“Próxima parada” (Polygram, 1989)
“Marina Lima” (EMI, 1991)
“O chamado” (EMI, 1993)
“Abrigo” (EMI, 1995)
“Registros à meia voz” (EMI, 1996)
“Pierrot do Brasil” (Polygram, 1998)
“Sissi na sua – ao vivo” (Universal, 2000)
“Setembro” (Abril Music, 2001)
“Acústico MTV” (EMI, 2003)
“Lá nos primórdios” (Fullgás / EMI, 2006)

11 thoughts on “Perfil: Marina Lima (Marina Correia Lima)

  1. Esperei tanto pelo momento de conhecer tudo da carreira de Marina Lima é meu sonho ha 18 anos desde 1991 no disco Marina Lima ainda em LP apaixonei por ela e pela música dela.Ela é simplismente demais. Morava em Brasília na época hoje meu sonho é conhece-la. Ontem dia 4 que fará show em Brasilia não estarei lá para assistir e conhece-la.

  2. Marina,suas cançôes, seu charme, seu carisma, embalou meus sonhos de adolescente nos anos 80. continuo curtindo o seu talento impar

  3. conheci,aos 30a o grande amor da minha vida ouvindo uma musica cantada por marina "fulgas" ambos temos hoje a mesma idade 47a e juramos ficarmos velhinhos ouvindo marina, nossos melhores momentos de amor sempre é ao som dessa lindissima voz, pois temos ela como uma "Deuza grega" que consagrou nosso amor juramos ficarmos velhinho ao som de marina,cada vez nos amamos a voz dela sempre nos faz gritar que nos amamos e queremos mais, mais ,e muito mais,…rs rsrrsrs…

  4. OUVINDO MARINA, APRENDI A TOCAR VIOLÃO E DEPOIS DE MUITOS ANOS (NOV-2007) ESTIVE NO SHOW DELA EM JOAO PESSOA-PB, PENA QUE NAO TIVE A OPORTUNIDADE DE FALAR ISSO PRA ELA.
    ADORO AS CANÇÕES DA MARINA.

  5. Conheci Marina no inicio dos 80 quando ainda era pré-adolescente.À partir dali descobri o que queria da minha vida:Cantar!!!!!E a minha influência???Marina!!!Hoje,continuo ouvindo,curtindo e me deliciando ao som dessa melodia,poesia,bom gosto e tudo de bom que podemos encontrar na obra dessa estrela que a trilha sonora da minha vida!!!!Amor incondicional!!!!!!

  6. Conheci Marina no inicio dos 80 quando ainda era pré-adolescente.À partir dali descobri o que queria da minha vida:Cantar!!!!!E a minha influência???Marina!!!Hoje,continuo ouvindo,curtindo e me deliciando ao som dessa melodia,poesia,bom gosto e tudo de bom que podemos encontrar na obra dessa estrela que a trilha sonora da minha vida!!!!Amor incondicional!!!!!!

  7. falar de marina, é sem duvida tudo de bom que temos na MPB,sem contar que alem de ser uma mulher belissima,inteligente tem uma voz inconfundivel,como disse a KIKA "É UMA DEUZA GREGA" ouço sempre tudo de sou uma mulher apaixonada.
    se voce quizer viajar ouvindo marina escute a musica eu não sei dançar e aprenda dançar com o som de marina junto de alguém que te complete em todos os sentidos!!!! rsrsr….e fique totalmente ZEN!!!!!

  8. amo marina lima! vi ela nos anos 80 numa participação sua num festival..de la pra ca só marina na veia!!estive com ela aqui em campinas ela é maravilhosa! supersimpatica!!

  9. oi marina. te acompanho desde os saudosos anos oitentas.mas me sinto bem porque voce se renova a cada trabalho e isso me da vida tambem.voce e uma artista impar no mundo e que bom que e brasileira, pois sua voz e talento sao unicos.eu espero poder te acompanhar pela eternidade se for a min concedido pelo criador.te amo.

  10. oi marina. te acompanho desde os saudosos anos oitentas.mas me sinto bem porque voce se renova a cada trabalho e isso me da vida tambem.voce e uma artista impar no mundo e que bom que e brasileira, pois sua voz e talento sao unicos.eu espero poder te acompanhar pela eternidade se for a min concedido pelo criador.te amo.

  11. oi marina. te acompanho desde os saudosos anos oitentas.mas me sinto bem porque voce se renova a cada trabalho e isso me da vida tambem.voce e uma artista impar no mundo e que bom que e brasileira, pois sua voz e talento sao unicos.eu espero poder te acompanhar pela eternidade se for a min concedido pelo criador.te amo.

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