Elvis Presley, em show de 23 de maio de 1977

Desgosto, normalmente é a palavra atribuída ao angustiante mês de agosto. No mundo da música, não seria diferente. Afinal de contas, foi em 16 de agosto de 1977 que o mundo viu o maior ídolo de todos os tempos, o rei do rock Elvis Presley falecer, decorrente de complicações de drogas e comprimidos.

Elvis, há algum tempo, vivia à base de pílulas, assim como de gordura. Nos anos 1970, sua imagem havia mudado bastante, e o rumo à derrocada era visível. Ainda em 1976, Barbra Streisand, após assistir a um show dele em Las Vegas, teria lhe feito um convite simplesmente irrecusável: o papel cobiçadíssimo de um cantor de rock decadente e dependente químico para o remake do clássico Nasce Uma Estrela, evidentemente ao lado de Barbra.

Depois de mais de 20 anos de sucesso, 38 músicas no Top 10 das paradas de sucessos (recorde imbatível até hoje) e diversos sucessos de bilheteria (mas não de crítica), o rei do rock sabia que esta seria uma oportunidade única em meio a uma crise existencial. No entanto, interpretar no cinema o mesmo drama pelo qual estava passando na vida pessoal seria duro demais. Convite recusado!

O fatídico 16 de agosto: “Morre Elvis Presley!” Esta manchete estampou jornais e revistas do mundo inteiro e deu ínicio a um culto inabalável e indestrutível da figura de “Rei”: Graceland, em Memphis, e os milhares de sósias de Elvis espalhados por todos os cantos da América e de outras partes do mundo. Ironicamente, nesse mesmo triste dia, num outro estado americano abaixo do Tennesse, mais exatamente em Michigan, uma ambiciosa dançarina acabava de completar 19 anos. Seu nome? Madonna Louise Veronica Ciccone.

Órfã de mãe e filha de engenheiro, Madonna sonhava em se tornar integrante de uma grande companhia de dança. Em julho de 1978, encorajada por um professor e indo contra a vontade do pai, a futura material girl juntou todas as suas economias e comprou uma passagem de avião para Nova York. Ao desembarcar na Big Apple com apenas 37 dólares na bolsa, pediu a um motorista de taxi que a levasse ao lugar onde tudo acontece. Ele não teve dúvidas, e a deixou em Times Square.

O resto é história, história do século XX. Nunca uma mulher obteve tanto êxito de maneira tão rápida. Em 23 anos de uma carreira sólida e estruturada, foram poucos os erros e muitos os acertos. Desde tornar-se a primeira mulher a vender 10 milhões de cópias de um disco, Like a Virgin, até causar alvoroço com a Igreja Católica por conta do video de Like a Prayer, enfrentar o puritanismo Americano com Erotica, e por fim tornar-se uma mãe de família dedicada a Kabballah, com Ray Of Light, Madonna quebrou grandes barreiras.

Se ontem foi criticada, chamada de oportunista e amaldiçoada pelos 15 minutos de fama, hoje é reconhecida não apenas como uma incrível show-woman, mas sim como um dos grandes nomes da música internacional, a rainha do pop. Coincidência ou não, além de ter com Elvis o dia 16 de agosto em comum, ela possui um outro grande recorde: é a única cantora que possui 35 músicas no Top 10 da revista Billboard e está apenas atrás de… Elvis Presley!

Nas baterias:

– No ultimo dia 16, quando completou 47 anos, Madonna fraturou vários ossos ao cair de um cavalo em sua propriedade em Londres. Liz Rosemberg, assessora da cantora, declarou que Madonna está bem, e recuperando-se em casa com a família.

– Coube a Kris Kristofferson o papel que havia sido oferecido a Elvis em 1976 para o filme Nasce uma estrela.

– Lisa Marie Presley, herdeira de Elvis, lançou-se há três anos como cantora, e acaba de lançar seu segundo álbum: Now! What?

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