Zélia Duncan - Foto: Fábio Vizzoni - Site Música e LetraSe existe alguém que, ao subir no palco, contagia a todos com uma alegria inacreditável, seu nome é Zélia Duncan. Em cartaz no Rio com a temporada de lançamento do DVD Pré pós tudo bossa band, no Rival Petrobrás, a cantora e compositora, acompanhada por um time de músicos afiadíssimos, reafirma o sentido do título de seu elogiado trabalho: todos juntos promovem uma catarse musical extraordinária, que cresce ainda mais quando as canções saltam do estúdio para apresentações ao vivo.

No repertório, além de boa parte das canções do disco (Quisera eu, Carne e osso, Redentor – apresentada como a canção mais carioca do DVD, Pré pós tudo bossa band, Tudo ou nada, Dor elegante, Benditas, Diz nos meus olhos, Milágrimas, Eu não sou eu e Vi, não vivi), Zélia Duncan reconstrói antigos hits – O meu lugar, Verbos sujeitos (conjugados em coro pelo público: “Quero, vou, fui, não vi, voltei”), Alma e a indispensável Catedral. Do aclamado Eu me transformo em outras vieram (de Tom Zé e Elton Medeiros, que Zélia canta do meio da plateia) e Capitu, de Luiz Tatit.

Ao interpretar canções que não são de sua autoria, Zélia Duncan brinca, dizendo que “por três minutos pega estas canções emprestado e elas tornam-se suas”, como Chega disso, de Alzira Espíndola e Arruda, e Próxima encarnação, do grande Itamar Assumpção, muito bem representado neste Pré pós. Generosa, Zélia relembra a amiga Cássia Eller, com quem dividia os vocais de Mãos atadas no início de sua carreira, ainda em Brasília, e relembra que as duas tinham a promessa de gravar juntas a canção, mas infelizmente não deu tempo.

Com a casa lotada de um público pra lá de fiel, Zélia é reverenciada e aplaudida de pé, e, entre um sucesso e outro, surgem verdadeiras declarações de admiração (como “poderosa”, “plena”, “magnífica”) e outras um tanto quanto inusitadas, como “afrodisíaca” e “psicodélica”, que ela, do palco, agradece, aos risos.

Ficou com vontade? Zélia Duncan repete a dose hoje e amanhã, sempre às 19h30. E pra terminar, uma pequena mostra do que rolou na noite de ontem: Zélia em Carne e osso, composição dela e de Moska, e em Dor elegante, de Itamar Assumpção:

14 thoughts on “Zélia Duncan é Pré pós bossa samba folk pop rock tudo

  1. Zélia é Zélia !!!
    Sempre nos surpreendendo e acertando !
    Pena que não posso ir… Só me resta esperar o Show aqui em SP…

  2. Por incrivel que possa parecer, o grande talento de ZÉLIA DUNCAN pode ser mais enaltecido ainda com matérias tão caprichadas e bem escritas como esta !!! Parabéns Fábio Vizzoni, SALVE ZÉLIA DUNCAN, SEMPRE !!!!!!!!!!!!

  3. Puxa, nunca vi tanta fidelidade aos fatos numa matéria! Quando li parece que voltei ao Rival e assisti tudo de novo! Fábio, não faltou nada, parabéns! E, claro, Zélia merece!

  4. Que pena que moro em São Paulo, eu quero Zélia tbm…tava na gravação desse DVD, sei o qto é bom!

    Mas só dia 1º em diante!

    Zélia, hj e sempre…tudo e muita mais a deusa de carne e osso

  5. Enquanto lia sua matéria Fábio me transportei para o Rival, e me imaginei ali sentadinha vendo tudo aquilo que estava escrito bem de pertinho.

    Belo texto, belas fotos!

  6. Fábio, vc conseguiu nos transportar para o Rival. Parabéns pela matéria e obrigada. Nossa Zélia só nos dá alegria mesmo e cada vez mais nos surpreende com seu talento. E q venham os shows em Sampa!!!
    bjs

  7. Começei a curtir a ZD a pouco tempo, depois da morte da eller ela era minha paixão. Hoje eu presto muita atenção nos trabalhos dela sem dúvida ela é uma grande artista suas composições são cultas e de muito valor. Sabe que a ZD esta se tornando minha nova paixão!!!

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